segunda-feira, 6 de maio de 2013

SAÚDE





PESQUISA APONTA CRESCIMENTO DO NÚMERO DE MÉDICOS NO BRASIL
Nos últimos 40 anos, o crescimento atingiu mais de 500%. Quantitativo maior que o crescimento da população das últimas cinco décadas que foi de aproximadamente 100%, conforme aponta o IBGE.
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Segundo a Pesquisa Demográfica Médica no Brasil divulgada no início do ano pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o número de médicos registrados no país até 2012 é de 388.015 profissionais para uma população de 193.867.971 habitantes. O estado com maior número de médicos é São Paulo, seguido do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Enquanto que Roraima possui apenas 646, seguido do Amapá (667) e Acre (819).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza como parâmetro ideal de atenção à saúde da população a relação de um médico para cada mil habitantes. Levando em conta esse parâmetro, o Brasil estaria com um percentual bem superior. A média nacional é de dois médicos para cada mil habitantes, conforme aponta os estudos do CFM. Pela pesquisa, o Distrito Federal (DF) aparece em primeiro lugar nesta relação com 4,09 profissionais para cada grupo de mil habitantes. O Amapá aparece em antepenúltimo com 0,95. Maranhão é o último colocado com apenas 0,71 médico por mil habitantes.

Segundo Mario Scheffer, professor da Universidade de São Paulo (USP) e um dos responsáveis pela pesquisa, a média brasileira não é baixa. O número de profissionais na rede pública é que tem se mostrado insuficiente. A média nacional de médicos que atendem a rede pública por grupo de mil habitantes é de 1,1. O Distrito Federal aparece com o maior percentual do país com 1,72 e o estado do Pará figura em último lugar com apenas 0,50 médicos trabalhando na rede pública para cada mil habitantes.

De acordo com Roberto D’Avilla – presidente do CFM, o aumento do efetivo de médicos no Brasil tem se mantido entre 4 e 5% ao ano. Para o CFM, esse crescimento está relacionado com a abertura de novos cursos de medicina, aumento de novos registros, mais entradas que saídas de profissionais do mercado de trabalho, perfil jovem da categoria, além de maior longevidade profissional. Apesar desse eminente crescimento, D’Avilla adverte para a necessidade de uma melhor distribuição desses profissionais nas diversas regiões do país. “O número de médicos e faculdades de medicina é suficiente. O que precisamos é levar jovens estudantes para regiões que têm mais necessidade”, afirma D’Avilla.

A meta do governo federal é estimular ainda mais esse crescimento do número de médicos no país. O objetivo é alcançar a taxa de 2,5 médicos por grupo de mil habitantes até 2020. Para isso, o governo pretende aumentar de 16 para 20 mil formandos em medicina por ano. Os dados compõem as diretrizes do Plano Nacional de Educação Médica. O desafio é equalizar a distribuição geográfica dos profissionais no Brasil.

Por P.R. Barbosa
Foto: Nixon Frank - Agência Amapá de Notícias
Disponível: http://www.agenciaamapa.com.br/fotos/4650/