segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A FADINHA MEL

Ilustração: Estefane Cavalcante
Era uma vez um mundo encantado que se chamava Mundo Mágico das Fadas. Esse mundo é cheio de magia e de muitas brincadeiras. Nele havia uma fadinha muito bonitinha que se chamava Mel. A fadinha também tinha uma grande amiga chamada Melissa.
Um dia Mel e Melissa estavam passeando distraídas e acabaram entrando numa floresta proibida. A floresta era linda e cheia de flores, frutos e árvores. Mel então falou:
- Que lugar lindo, Melissa?
- É mesmo Mel, essas flores são lindas!
O que elas não sabiam é que essa floresta era amaldiçoada e que tinha criaturas feias. E elas continuaram voando. De repente apareceram duas flores gigantes e malvadas. As flores estavam com fome. Melissa então falou:
- Essa não! Vamos embora deste lugar rápido!
E elas voaram rápidas e no meio do caminho a Mel disse:
- Acho que nós nos perdemos.
Melissa respondeu:
- Deixa pra lá, vamos fugir! É isso que importa!
Elas voaram muito e conseguiram achar o caminho de volta e se salvaram. Mel disse:
- Que bom que não fomos devoradas por aquelas flores!
- Que bom mesmo! Quase viramos batatas fritas de flores carnívoras! – disse Melissa.
E assim elas viveram felizes para sempre e nunca mais voltaram para aquela floresta amaldiçoada.

Autora: Estefane Cavalcante
09 anos - Aluna da Escola Paraíso das Acácias

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O MENINO MENDIGO


Era uma vez um menino que vivia pedindo dinheiro na rua. Ele sentava na beira da rua com uma latinha na mão e pedia dinheiro para as pessoas que passavam por ali.
Certo dia, esse menino sentou em frente a um orfanato. Uma mulher saiu de lá e viu o menino jogado ali. Ela então perguntou:
- Como é o seu nome?
O menino respondeu:
- Meu nome é Daniel. E o seu?
- Meu nome é Laura. E por que você está jogado aí, Daniel?
- Eu estou aqui porque minha mãe me jogou no lixo.
Laura então falou:
- Credo! Que mãe é essa que joga o próprio filho no lixo? Venha, entre, que eu vou cuidar de você.
Daniel ficou muito alegre e deu um abraço tão forte em Laura que ela também ficou alegre. Ela comprou roupas, sapatos e brinquedos para ele. Também comprou material escolar e uma cama do Ben 10. E ele viveu muito feliz. 

Texto e ilustração: KAMILA DE SOUSA
09 anos - Aluna do 4º ano da E.M. Paraíso das Acácias.

TUDO JUNTO E MISTURADO...



Por Paulino Barbosa

Sabe esse troço de “pré-conceito”, de você julgar as coisas ou as pessoas apenas pela aparência? Pois é! É uma forma imbecil de olhar o mundo a sua volta. Agora imagine você falar de um povo, do qual você nunca teve contato, com quem nunca conversou, nunca se misturou. Parece fofoca mesmo, né? Mas esse método já foi considerado “científico” e, durante quase um século, dirigiu o olhar hipócrita dos europeus sobre os demais povos da face da terra.
Foi o que aconteceu com um “desnaturalista” francês chamado Conde de Buffon, que no século XVIII, ousou a definir o povo do continente americano sem ao menos ter posto os pés no novo mundo. O cara era tão prepotente que tentou “comprovar” a inferioridade deste povo através da comparação com elementos da natureza. Ele afirmava que a ausência de animais gigantescos no continente, como elefantes, girafas, camelos, justificava o nível de inferioridades do povo daqui. Para este alienado, o estado bruto da natureza, pantanoso, com sua diversidade biológica era empecilho para o desenvolvimento de qualquer animal de grande porte e, consequentemente, prejudicial ao desenvolvimento humano. O cara era tão preconceituoso com o povo das Américas que chegou a taxá-lo de débil, pelo tamanho insignificante, pela sensibilidade e pela carência de vivacidade. Em outras palavras, uma “aberração da natureza”.
Ele dizia que onde a natureza era “organizada” as pessoas eram mais “belas” e “bem feitas”. Coisa que não existia no continente americano, pois as florestas tropicais não haviam alcançado um estágio de maturidade e de “organização”. Por isso, os animais e plantas viviam todos misturados, sem nenhuma organização, o que dificultava o desenvolvimento dos povos selvagens e inviabilizava qualquer tentativa de civilização.
Pobre Buffon, não sabe que da sua ignorância nasceu um novo modelo de sociedade totalmente contrário ao seu ínfimo pensamento. Mal ele sabia que dessa “desorganização”, dessa diversidade biológica, dessa mistura dos diferentes, estaria a origem do atual estágio da nossa sociedade.
Também não imaginava que um dia a sociedade pudesse estar toda interligada por redes de conexões e de relacionamentos, sejam em espaços físicos ou virtuais. Ele enlouqueceria se soubesse que essa “desorganização” tão combatida, seria o protótipo para o desenvolvimento das redes de comunicação no mundo. Onde o sistema de “um para todos” daria lugar ao de “todos para todos”, numa rede que não se sabe onde começa, por onde caminha e nem onde termina.
O imbecil morreria novamente se soubesse que aquela floresta dita “atrasada”, “desorganizada”, hoje é considerada um bem essencial para a sobrevivência das pessoas no planeta, justamente pela sua diversidade. E que pelo pensamento irresponsável de caras-de-pau, como ele, quase pôs tudo a perder.
Se você teve o saco de ler esta matéria até aqui, deve estar se perguntando, o que o pensamento desse cara, lá do século XVIII, tem a ver com a nossa realidade hoje. Na verdade, minha gente, essa tese está presente em nossos discursos e em nossas ações muito mais do que se possa imaginar. Não foi só no passado que a discriminação racial foi motivo de guerras e de genocídio no mundo inteiro. Até hoje, atos de racismo e de preconceito continuam velados ou expostos e continuam causando vítimas e matando silenciosamente pessoas ou grupos humanos. Só que hoje, o racismo não é mais protegido por lei e nem apoiado pela ciência, mas continua presente nas atitudes e discursos diários de muita gente.
Hoje, a discriminação não é apenas dos europeus para com o resto do mundo. Esta discriminação atravessou continentes, caminha pelos ares e tem pousado nos diferentes lugares. Com os atentados de 11 de setembro, criou-se a cultura do medo no mundo inteiro, onde os fluxos migratórios, os estrangeiros, são tidos como potenciais inimigos de países considerados de “primeiro mundo”. Esta situação tem provocado uma atitude de discriminação e invasão de privacidade por parte de governos, tentando fechar as portas e impor barreiras para controlar o fluxo migratório das pessoas no mundo. E com isso, direitos humanos são jogados no lixo, repressão e humilhação são proferidas em torno da dita “segurança”. Que poder é esse que leva um governo de um país a atravessar sua fronteira e espionar pessoas lá na caixa-prego? Peraí! Até quando vamos aceitar isso? Seria um novo modelo ditatorial?

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O CURUPIRA E OS ANIMAIS

Era um dia em que o Curupira estava brincando com os animais. De repente, apareceram os cortadores de árvores. O Curupira viu e foi atrás deles assustá-los. Todos correram de medo, menos um. O Curupira tentou assustá-lo e ele não corria.
De repente, o cortador pegou sua espingarda e quando ele foi atirar no curupira, apareceu uma anta e disse:
- Você não vai matar ele!
E o cortador disse:
- Ha, há, há, há... Tenho um Curupira e uma anta para matar e comer! Talvez posso até compartilhar com meus amigos.
O cortador de novo foi atirar e um macaco apareceu e disse:
- Se eu fosse você, não atiraria!
O cortador ficou com raiva e atirou, mas um tucano bateu no olho do homem com o bico e o tiro foi para outro rumo. O homem então falou:
- Vocês me pagam!
E logo depois apareceu um passarinho que chamou a onça. A onça rugiu e o cortador fugiu. Os animais e o Curupira deram uma festa. Desde aquele dia ninguém mais mexeu na floresta com medo do Curupira.

Texto: João Antonio Portal
09 anos - Aluno da Escola Paraíso das Acácias